ETE Dr.Júlio Cardoso (conhecida até hoje como Industrial) foi criada pela lei n°1635, de 31/12/1918, mas sua instalação se deu apenas em 25/04/1924, na presença do então Governador do Estado de São Paulo, Dr.Washington Luís,dia declarado feriado municipal em Franca.
Seu “nome de batismo” foi Escola Profissional de Franca.Instalada como Estabelecimento Masculino de Educação,contava, na ocasião, com 160 alunos matriculados nos Cursos Industriais Básicos de Mecânica de Máquinas e Marcenaria. Nessa época, a estrutura do Ensino Técnico integrava dois ciclos.
O Primeiro Ciclo abrangia: Industrial Básico, com duração de 4 anos, em período integral,e destinava-se ao ensino completo de um ofício; Cursos de Maestria, com duração de 2 anos, formava mestres na produção.
Além dessas duas modalidades de cursos de formação, havia também, no Primeiro Ciclo, Cursos Artesanais e de Aprendizagem, de menor duração, voltados à preparação para o trabalho semi-qualificados na indústria.
O Segundo Ciclo compreendia: Cursos Técnicos, destinados ao ensino de técnicas para o exercício de funções especializadas na indústria, que duravam de 3 a 4 anos; Cursos Pedagógicos, destinados à formação de professores e administradores de Ensino Industrial, ministrados em apenas um ano.
No 1 ° semestre letivo, a Escola Profissional foi muito procurada.Matriculou 395 estudantes.Embora os cursos ainda não equivalessem ao Ginasial, era o único estabelecimento de ensino gratuito existente no município. A partir de 1927/28, a instituição abriu também suas portas ao ingresso de mulheres, nos cursos femininos de Corte e Costura, Rendas e Bordados, Flores e Chapéus, Roupas Brancas, Pintura e Decoração.
Somente em 1942, o Ensino Industrial Básico foi equiparado ao Curso Ginasial, e o Ensino Técnico Industrial, ao Colegial.
Em 1930, foi criada a Associação de Alunos e ex-Alunos da escola.
Em 1950, foi inaugurado o Internato D.Eufrasia Amélia MonteiroPetraglia, em um imóvel doado pelo Dr.Antônio Petraglia, que passou a abrigar alunos procedentes de outras cidades.
Em 1951, foram criados e, em 1953, foram instalados os Cursos de Mestria em Fundição, Marcenaria, Mecânica de Máquinas, Corte e Costura.Eles vigoraram até 1958.

Na década de 40 e 50, a Escola ofereceu o Curso Industrial Básico e especialistas em: Marcenaria, Mecânica, Fundição, Serralheria, Ajustagem, Forja, Entalhação e Tornearia em Madeira.
A “Industrial” passou por incessantes mudanças de denominação Escola Profissional de Franca (1924); Escola Profissional Mista (1929); Escola Profissional Secundária Mista (1933); Escola Industrial (1945); Ginasial Industrial (1965), mas sempre preservou o nome do Patrono, Júlio Cardoso.
De 1976 a 1979, o Ginásio Industrial e o Colégio Técnico Industrial (criado em julho de 1970, pelo Decreto 62.499), que coexistiam no mesmo edifício, tornam-se o Centro Interescolar; em 1979, a “Júlio Cardoso” assumiu nova denominação: Escola Estadual de 2°Grau.
Em 1971,foram introduzidos os Cursos Técnicos de Mecânica e Eletrotécnica,e, em 1974, os Cursos de Eletrônica e Enfermagem.Em 1978, surgem os Cursos pré-profissionalizantes de Mecânica, Marcenaria, Fundição, Desenho Mecânico, Vestuário e Acessórios, Auxiliar de Escritório.Em 1986, inicia-se o Curso Técnico de Contabilidade; em 1987, os Cursos de Qualificação de Mecânica, Marcenaria e Auxiliar de Enfermagem.
Nova Resolução da Secretaria Estadual da Educação, de 1986, modifica mais uma vez o nome da escola, que passa a ser chamada ETESG Dr.Júlio Cardoso.A partir de 1994, pelo Decreto n° 37.735/93, a instituição é transferida para o Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, e recebe nova denominação.Escola Técnica Estadual (ETE) Dr.Júlio Cardoso.
No final de 2001, a ETE contava com 76 servidores docentes, 20 servidores administrativos e atendia a 1.301 alunos, matriculados nos seguintes cursos: Ensino Médio (272); Administração (140); Contabilidade (136); Secretariado (102); Eletrônica (94); Eletrotécnica (115); Mecânica (94); Informática (153); Auxiliar de Enfermagem (109); Enfermagem II (30); Enfermagem (58).
Dos 272 alunos do Ensino Médio, 42 deles, que cursavam o 2° ou 3° ano – ou seja, 27,10% - freqüentavam também um curso técnico na mesma escola, em outro turno.